quarta-feira, 16 de abril de 2008

Algo replicado (segundo FAP)

Hoje faremos algo inédito na história deste diário virtual: abriremos um espaço para um colaborador externo. E tal colaborador é ninguém mais ninguém menos do que nosso amigo FAP, como vocês já devem estar imaginando.
Não me perguntem o quê ele quis dizer com este texto, porque eu sinceramente não sei. Para os perdidos, ele foi redigido em resposta à esta obra.
Então, sem mais delongas, aí vai a comovente história de uma zebrinha chamada Manjado, que, salvo pequenas correções de minha parte, é uma cópia ipsis literis da obra original.
(P.S.: Parece que, ao copiar o texto do arquivo a mim enviado por FAP, a formatação ficou meio bichada. Rogo para que isso não comprometa a leitura.)


Essa é uma réplica. Essa também é uma pequena história. E, de todas as histórias já feitas, talvez esta seja a primeira a ter como personagem principal uma zebrinha, que, até a sua adolescência, achava que era uma mula.

Essa história – cuja extensão eu já mencionei (é pequena) – começa depois da adolescência da protagonista. Aliás, começa quando ela já está bem velhinha, apenas com uma única perna, que, como já dá para imaginar, é inútil sem as outras três. Vamos ao que interessa.

Manjado – nome este que induz à falsa dedução de que ela é macho – era uma zebrinha, que, mesmo com todas as suas debilidades físicas, era bem sapeca. Como não podia se mover, ela, há mais de 40 anos, se estabelecera embaixo de uma mangueira em uma savana no sul de Angola. Quem não acreditar, pode ir lá checar. Para aqueles que não querem ter esse trabalho, eu retomo a história no parágrafo seguinte.

Manjado não tinha amigos. Sabia inúmeras piadas, mas não tinha com quem compartilhá-las. Sabia, também, dançar Foxtrot, mas, pela falta das pernas – e também de espectadores -, não tinha como mostrar. Caçadores passavam e riam de sua situação; até a morte – que com ela flertava já havia um bom tempo – parecia ignorá-la.

Como a vida de Manjado era completamente sem graça e, até agora, estou fazendo o máximo para torná-la minimamente interessante, vou pular logo para o episódio de meu interesse: o dia em que dois suricatos, um malaco e outro malandrinho, apareceram na mangueira da zebrinha.

Obviamente, nenhum dos dois ousou falar com Manjado, mas, mesmo assim (não que a zebra manca pudesse lhes proporcionar alguma diversão), pareciam se divertir muito com o que faziam. Além de malabarismos com mamonas, os suricatos cochichavam um com o outro. Manjado ficou atenta e conseguiu ouvir o que eles diziam: planejavam fazer uma história. História sem muita graça, diga-se de passagem. De tão sem graça que era a história, a zebra ficou zangadíssima e começou a pensar por quê que ela, inteligente, humorada, sagaz e vivida, não tinha com quem compartilhar os seus pensamentos. Então, sem hesitar, aproximou-se (não me pergunte como; só sei que foi assim) dos dois bichinhos malacos-malandros-felizes e disse:

- Oi...

Assustados, eles olharam e logo saíram correndo. E a zebrinha, infeliz, piscou para a morte e derreteu.


Obrigado pelo espaço concedido para esta réplica. Sem mais, FAP

8 comentários:

Salpicão Mesquinho disse...

Achei muito manjada essa parábola

Reggio Tartufo disse...

Eu achei que ele quis fazer uma crítica as nossas pessoas. Mas apesar de a toca servir, pode ter certeza de que eu n vou vesti-la.
Em todo caso, achei razoavelmente engraçada.

Anônimo disse...

Crítica? Acho que alguém não entendeu o texto... É, aliás, uma reverência.

Reggio Tartufo disse...

ô.

Anônimo disse...

Olha, fumei meu teclado entao ele ta meio vagabundo... eh o seguinte... eu tava conversANDo otro dia com minha psicologa, quero dizer, minha filha, e cheguei a uma conclusao: fuma zebra eh bom. ALGUEM SABE COMO FUMA ZEBRA? ai meu deus quimei outra tecla de novo...
MUito AgrADEciDA, SELmInha
se alguem estiver interessado em torca de casais, me ligue.

Anônimo disse...

a mulher q o trem mato morreu

Reggio Tartufo disse...

Eu queria apenas dizer que, após uma maçante tarde estudando 4 matérias totalmente distintas entre si, é um prazar entrar aqui e ver que até Selminha prestigia nosso humilde blog.

ps: cpxrihs

Anônimo disse...

alguem me esclareça o sentido dessa maldita história, por favor?

ps: FAP usa drogas.