quinta-feira, 26 de junho de 2008

A invasão

Tudo começou subitamente. Um dia, alguém que andava pela rua percebeu que as folhas que flutuavam ao vento – o desenho formado por elas, o conjunto de cores, as efêmeras trajetórias no ar – não eram simples folhas flutuando ao vento, mas algo mais... algo vivo, um estranho ser vivo de espécie desconhecida que por algum motivo indeterminado nunca tinha sido notado.

Com o tempo, mais pessoas começaram a tornar-se aptas a enxergar essas novas criaturas; tais indivíduos, agraciados com uma percepção além do comum, passaram a notar o significado de coisas aparentemente avulsas como uma dança em um parque ou uma erva daninha crescendo entre as pedras de uma escarpa, a entender sua essência intrínseca – sua alma – e a perceber que essas manifestações da realidade não eram meras monocotiledôneas ou movimentos de uma coreografia, mas sim algo único, algo tão vivo e tão real quanto eles próprios.

A novidade ganhou os jornais; subitamente, os pacatos cidadãos comuns descobriram que coisas de seu dia-a-dia aparentemente comum – as letras gravadas nas páginas ímpares de um determinado livro, a fumaça que subia do café, o ângulo de inclinação de uma calha – eram, assim como eles, seres vivos, e aqueles que podiam enxergá-los rondavam as cidades identificando os indivíduos dessa estranha raça.

Nunca se determinou ao certo, no entanto, porque apenas algumas pessoas eram dotadas dessa visão ampliada, e porque todas elas ganharam essa aptidão mais ou menos ao mesmo tempo (discutiu-se depois que esse seria um traço genético que já existia, e que só teria se tornado conhecido nesse momento porque os possíveis seres extraterrenos só teriam se infiltrado em nosso mundo naquela época).

Apesar do alvoroço que essa nova situação causou, todas as tentativas de contato foram infrutíferas, e por fim restaram apenas uns poucos sonhadores que olhavam com melancolia para as rachaduras de uma certa rua ou para o vôo de uma abelha, cientes do que aquelas coisas realmente eram e buscando em vão uma reciprocidade.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Um Jogo

Digamos que um certo amigo seu se aproxima e lhe entrega um pequeno objeto - digamos que seja um pedaço de giz. Este giz possui uma pequena marca; um quadrado ou uma cruz ou qualquer outra coisa, tanto faz.

Seu amigo lhe diz que essa é a metade de um giz, e que só existe um pedaço de giz que se encaixa perfeitamente no seu. Este outro fragmento possui a mesma marca, e é seu objetivo encontrar a pessoa a quem lhe foi confiada a guarda. Estão lançados os alicerces de um jogo imenso e assustador, um jogo cujo nome é Vida.

Em primeiro lugar você interrogará aquelas pessoas que forem amigos comuns entre você e o inventor do jogo. Algumas pessoas, agraciadas com uma sorte incomum, conseguirão cumprir o objetivo do jogo nesta primeira etapa da busca. Esta, porém, é a excessão, e não a regra. É, afinal, extremamente fácil legar a posse do giz a um (confuso) estranho, e igualmente fácil enviá-lo a um conhecido distante, talvez até mesmo residente em outro país. Caso você não desista do jogo, passará o resto da sua vida interpelando as mais diversas pessoas sobre o giz, geralmente obtendo olhares de estranhamento como resposta. É possível que você nunca encontre o possessor da outra metade; é possível que o encontre, mas este recuse-se a revelar sua identidade, ou tenha desistido do jogo há muitos anos e jogado fora seu pedaço do giz. Talvez você encontre alguém com um giz que tenha o mesmo símbolo, mas descobrirá que os fragmentos são apenas terços ou sextos de um giz maior do que o imaginado; talvez sejam realmente apenas metades, mas o tempo terá desgastado suas formas até torná-las incompatíveis. Talvez o jogo e a outra metade do giz nem mesmo existam, e sejam apenas uma peça; muitas vezes, pensando nisso, você desistirá, ou será dominado por uma angústia que o levará ao ponto da desistência.

Ao longo de sua vida, você perderá o contato com o inventor do jogo, mas continuará agindo de acordo com as marcas que ele deixou em sua existência; ao se encontrarem por acaso, anos mais tarde, ele nem se lembrará mais do jogo. Você se perguntará se ele foi mesmo seu inventor, e imaginará que existem umas poucas - ou muitas - outras pessoas com pedaços de giz semelhantes, cada uma procurando por um símbolo idêntico ao seu.

Inspirado por uma pessoa que aniversariou ontém, e a ela dedicado.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Bom. Boa noite.

A meu ver não seria nem necessário uma postagem minha tendo em vista a magnitude do assunto trazido à tona por meu colega. Ao mesmo tempo, senti necessidade de me fazer presente uma vez que não venho a esta solene casa há algum tempo. Sem falar que prometi que daria uma passadinha aqui hoje, e "promessa é dívida".

Primeiramente, gostaria de colocar em pauta minha impressão acerca da visita proporcionada por nosso colégio ao instituto Fernando Henrique Cardoso, ou simplesmente iFHC. Como era de se esperar, tal excursão foi de fato muito proveitosa. Além da oportunidade de observar a revigoração do coração de nossa cidade, o bate papo com o presidente, que de bate-papo não teve nada, foi interessantíssima. Pude até me dar ao luxo de 1,5alogar com FHC, o que se configura como um meio termo entre monologar e dialogar, e foi a melhor maneira que encontrei para definir o esquema pergunta-resposta. O acervo do instituto também é bacaninha apesar de estarmos todos mais interessados em devorar, quer dizer, degustar, os petiscos salgados, mas principalmente as queijadinhas e profiteroles, as últimas fornecidas pela padaria da mãe da Aline, que pelo visto está saboreando o doce gosto do sucesso financeiro.

Segundamente, quero ao explicar a minha tardia postagem, comentar minha visita ao Shopping Villa-Lobos na noite dia hoje, acompanhado de minha família com o intuito de assistir a uma deliciosa comédia romântica.
Porém, o que não sabíamos é que após tão delicioso recurso audio-visual o melhor ainda estava por vir. Resumidamente eis a fanedóbula:
Era uma vez quatro carneirinhos. Eles viviam felizes e tranqüilos no alto de uma montanha, porém, um dia, acabou a comida e eles se viram obrigados a descer rumo aos trópicos.
Partiram da mais alta montanha, passaram pela do meio e chegaram ao o nível do mar. Ainda assim, não estavam contentes com o local e desceram descer ainda mais, rumo ao sub-solo. Então três deles se encaminharam pela escolha natural, um caminho seguro, rápido, fácil. Entretanto, o carnegrinho, apelido maldoso que recebera por seu tom de pele, mas que por outro lado lhe assegurara uma vaga na Universidade Professor José Cardoso Carneiro, sugeriu aos seus semelhantes que, ao invés de descerem pela estrada A, se dirigissem à estrada B, mais a frente. A carneira mais velha acatou a sugestão em virtude da confiança que deposita em seu descendente, devido ao fato dele possuir um diploma. Não devia. Ele se enganou e a estrada que tomaram, se mostrou terrivelmente mais hostil e inadequada, obrigando-os a desistir da empreitada e fazendo-os voltar e optar pela estrada A. O resultado foi que eles desperdiçaram um bom tempo que poderiam ter usufruido no doce lar dos carneirinhos, o Recanto da Seresta.

Moral(is): Não confie em carneiros, principalmente se eles não forem alvos.
aaaaaaaaaCursar uma universidade e ter um diploma não significa porra nenhuma, vide Lula e o vencedor do aprendiz 4 (americano - onde havia uma disputa entre pessoas c/ diploma e pessoas que aprenderam com a dura trajetória da vida).
bbbbbbbbA opção mais fácil, normalmente é de fato mais fácil e só não será se for uma armadilha, pegadinha, proposta por Deus para testar sua fé, mas nesse caso você saberá reconhecer porque Jesus Cristo, Maria, os anjos e arcanjos e o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus estarão te guiando.
ccccccccccNum shopping center, bem como em qualquer outro lugar do plano físico, jamais confie na habilidade de guia de Arthur Abbade Tronco. Passa dia, mês, ano, e ele parece ficar cada vez mais desorientado.
ddddddddA escada rolante que sobe normalmente não desce, a menos que você tenha acesso a chave de controle da mesma e possa mudar sua mão (mão não no sentido daquela parte do corpo da qual saem, normalmente, 5 filamentozinhos, mas sim no sentido de mão de trânsito, sentido de uma via).

Terceiramente, João, parabéns pelo vídeo, ficou de fato muito bom.

Quartamente, amanhã tem jogo, e, se PAH, isso vai dar pano pra manga [não confundir a fruta manga, com manga de camisa ou com mangá (a história em quadrinhos japonesas)], ou seja, pode virar um post.

Quintamente, grato pela atenção dispensada, é bom estar de volta. Desculpas àqueles que deram pela minha falta = porra nenhuma, ou ninguém.

Abraço carinhoso, no estilo (pq eu n sabia escrever a lá) ursinhos carinhosos.

Tartufo

ps: 23:08 porra nenhuma, já são 23:53 (quase quarta hein? ufa, ainda bem q deu tempo). Pra vocês verem como eu dou o sangue, ou o sono, por essa paixão.

die Pest der Doktoren - Uma megaprodução Hollywodiana

Ainda conto com a participação do Tchubas, mas enquanto ele não se manifesta, aí vão os links para a nova febre da internet - a febre puerperal!

Parte I
Parte II

domingo, 15 de junho de 2008

Cosmos finito est

Essa é uma idéia que eu tive há algum tempo, e que eu venho reformulando ao longo dos anos...

A teoria é basicamente o seguinte: se o Universo for infinito, existem infinitos planetas, que abarcam todas as possibilidades que podem existir no cosmos. Decorre disso que se o Universo for infinito, existem infinitas civilizações inteligentes, em todos os estágios de desenvolvimento tecnológico que podem existir. Dentre essas infinitas civilizações, infinitas já atingiram algum estágio de desenvolvimento no qual poderiam enviar mensagens passíveis de serem captadas por nossos aparelhos (e, considerando que em Universo infinito todas as possibilidades são necessariamente verdadeiras, infinitas dessas civilizações efetivamente FARIAM isso), ou teriam algum meio de transporte capaz de as levá-los a planetas distantes, mesmo que para isso fosse necessário entrar em algum tipo de congelamento criogênico (lembrando do parêntese anterior, infinitos indivíduos provenientes de infinitas dessas civilizações viajariam para a Terra todos os dias), ou mesmo teriam alguma tecnologia de teletransporte.

Em suma, o que estou tentando dizer é isso: se o Universo fosse infinito, receberíamos infinitas mensagens extraterrenas todos os dias, seríamos visitados por infinitos viajantes de outros mundos todos os dias, e haveria infinitos indivíduos de lugares remotos se teletransportando para todos os pontos da Terra (e do Universo) a cada segundo.

Como, na prática, nada disso ocorre, então o Universo deve ser finito (ou pelo menos é finita a porção dele que é composta de matéria).

***

Acho que ficou meio confuso, quiçá ininteligível; não é algo que seja fácil de comunicar...

sábado, 7 de junho de 2008

O mundo como Wiki

Deus foi um tanto quanto mesquinho ao bolar a estrutura de poder que regeria seu Universo. Cá estamos nós, lançados fragilmente neste imenso (infinito, talvez? Se bem que acredito conseguir provar por lógica que o Universo NÃO PODE ser infinito. Assunto para outra ocasião) espaço, relegados a simplesmente instalarmo-nos nele e fazer o que podemos com nossa limitadíssima capacidade de transformação. A única escolha possível é adaptar-se às regras pré-estabelecidas e seguir o fluxo por elas determinado; não podemos libertarmo-nos das camisas de força nas quais nascemos.

Tal estrutura, meus amigos, é um grande despotismo; a vida não é de forma alguma democrática. Ela só o seria se ocorresse no formato Wiki.

Cabe abrir um parêntese direcionados aos eventuais desavisados ou indivíduos que tenham passado os últimos anos em congelamento criogênico. O formato Wiki é o conceito que rege sítios como a Wikipedia, Wikispaces e derivados; é a idéia de que o conteúdo deve ser criado pelo conjunto de usuários, e que todos têm igual poder e oportunidade de participação.

E o que seria um Universo Wiki, então? Muito simples: um Universo em que todos os seres tivessem uma espécia de "poder divino". Cada pessoa poderia modelar sua própria realidade, controlando os aspectos que a rodeiam. Não haveria males que assolam a humanidade há milênios, como a guerra e a fome, pois todos teriam REALMENTE (ao contrário das falsas promessas do Capitalismo, mas não nos desviemos do assunto) condições iguais de vida; cada pessoa poderia ter seu próprio artigo na Wikipedia, ou melhor, sua própria ilha ou latifúndio. O Homem também não estaria preso às limitações que o prendem no mundo que conhecemos; poderia abolir conceitos arcanos como a Gravidade, por exemplo, ou redefinir o funcionamento de seus órgãos. Poderia até mesmo assumir algum tipo de existência extra-corporal.

Aos possíveis céticos que dirão que tal universo seria um caos anárquico, respondo com um dado: estima-se que, devido ao grande número de pessoas que se dedica a corrigir os artigos vandalizados por indivíduos sem mais o que fazer, mais de 90% do que está na Wikipedia esteja correto.

Obviamente, tudo isso não passa de um louco devaneio, mas algo que me agrada pensar; o formato Wiki me parece um protótipo de Utopia libertária. Não sei se disse tudo o que pretendia dizer, mas se restou alguma coisa, ficará para uma outra ocasião. Fica, por último, uma proposta de reflexão: ora, até iniciativas como a Wikipedia não representam uma liberdade total, pois devem adequar-se a um formato pré-definido, uma estrutura que garante que ela seja compatível com o meio em que existe. Qual seria, então, um símbolo melhor desse mundo Utópico?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

"Antigamente os relógios faziam assim..."

Cheguei.
Depois de um bom tempo sem novas postagens, pois, ao que parece, meu colega se esqueceu de seus compromissos, venho, tarde da noite, realizar, à pedidos, um complemento didático de caráter gráfico de minha última postagem.
Obviamente vocês puderam perceber que a diagramação ficou uma bosta. Mas a culpa é minha só em parte, a outra parte cabe ao "Blogger" que é igualmente incompetente.
Vamos a uma breve explicação da famosa frase:
"Antigamente os relógios faziam assim..."
Antes, eu só queria deixar claro que essa parte da "História dos Relógios" é verídica.
No início de tudo. O tempo era marcado de acordo com as rotações de relógios muito semelhantes a essa da foto. Era sabido que cada rotação equivalia a 1 uta (unidade de tempo atômico). Com isso, para saber as horas bastava uma simples conta de multiplicação (número de rotações X 1 uta).
Espero que tudo tenha ficado ainda mais claro. Se não, avisem-me, que numa próxima oportunidade eu volto e tento explicar com outras palavras e desenhos. É só realmente uma pena que eu não tenha conseguido achar no youtube (como consegui achar as fotos no google images) um vídeo que ilustrasse o movimento de rotação do relógio.
Então é isso.
Abraço.
Tartufo.

domingo, 1 de junho de 2008

História dos relógios

O estilo deste texto que vou escrever é o tipo de texto que eu imaginei que teríamos aqui neste blog. Porém, o que eu tinha em mente não se concretizou e o motivo é óbvio: muito trabalho.
I
Neste caso específico, a idéia seria contar brevemente a história dos relógios, inserindo no meio ótimas piadas. Entretanto, o texto seria trabalhoso e seu resultado, muito provavelmente, seria um tanto quanto tedioso. Ainda assim, vou tentar produzir algo que se assemelhe a esse ideal, sem ser maçante, mesmo porque não tenho qualquer intenção em ser fiel com a realidade.
m
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i
Fiz uma consulta a diversos sítios eletrônicos, dentre os quais encontrei um que tinha um texto produzido por algum parente do Dimas (Pedro Dimas), e a maioria fala que o primeiro relógio foi inventado em 3000 ou 3500 a.C., o relógio solar ou gnomon.
g
Gnomon que nada mais é do que a palavra gnomo em latim. Creio que agora ficou fácil entender como funcionavam esses relógios. Mas como sei que há dentro do vasto público que freqüenta este humilde espaço virtual pessoas mais fraquinhas, vou explicar com todas as letras (quiçá ilustrações).
r
Breve contextualização:
Deus criou o homem. Homem tava sozinho. Deus criou a mulher, a partir de sua costela. Homem brigou com a mulher. Homem foi trabalhar. Mulher foi cozinhar. Homem ia pro bar e voltava tarde pra casa. Mulher ficava ainda mais puta (no sentido de chateada). Homem dizia que se atrasava porque não tinha relógio. Deus criou os gnomos.
a
Bom, assim surgiram os gnomos. Todo e qualquer homem na Terra tinha seu gnomo pessoal, o qual olhava para o sol, via que horas eram e alertava seu dono, de hora em hora, bem como a tele-sena. O primeiro dia foi ótimo, os homens ficaram extremamente contentes em poder saber as horas. Porém, logo na primeira noite a insatisfação foi geral. Deus não havia colocado uma opção que desativasse os gnomos, que ficaram apitando a noite inteira.
ç
No dia seguinte, todos os homens se reuniram para discutir o que fazer. As sugestões foram várias, mas o consenso era um só, se livrar deles. Então todos concordaram que o melhor a fazer seria eleger sete ministros que se reuniriam durante três dias para encontrar a melhor decisão. Posto isso, ficaram os sete pensando e todos os outros se puseram a trabalhar. Pela noite cada um se dirigiu a sua casa para dormir o sono dos justos.
ã
No meio da noite, pipocavam luzes nos mais diversos lugares. Cada homem estava dando um jeito de se livrar do seu gnomo. Nem mesmo os sábios ministros agüentaram. Alguns dos “reloginhos” foram enterrados, outros foram afogados, outros explodidos.
o
Por isso, até hoje dizem que se você tem algum desejo que você quer muito que se realize, o melhor a fazer é ir para uma floresta e enterrar um relógio qualquer como forma de oferenda à natureza, além de proferir a seguinte reza:
J
“Gnomo, gnomão, gnominho.
Peço por favor,
Peço com carinho.
Pro senhor realizar
Esse meu pedido.”
a
É batata, em no máximo 10 dias úteis você vai conseguir o que você desejou.
p
Além disso, foi também nessa época que surgiu a resolução de sistemas por Tolkien, perceba, muitos anos antes da resolução por Baskara. Quando se tem um sistema, uma equação muito difícil basta dizer: “Havia um gnomo”. Com essa frase, você estará invocando um gnomo que solucionará o problema para você.
o
Mas então. Quando Deus viu o insucesso dos gnomos resolveu fazer uma nova tentativa e criou o relógio d’água ou clepsidra, um bichinho, igualmente, lindinho. Ela, diferentemente dos gnomos não apitava de hora em hora, somente informava as horas quando consultada. Ela fornecia a informação por meio de jatos d’água, primeiro as horas e depois os minutos.
n
Todos ficaram bem contentes e por um bom tempo a clepsidra foi o relógio oficial do mundo.
Muitos anos depois vieram ampulhetas.
Muitos mais anos depois vieram os relógios de bolso.
Muitos, muitos, mais anos depois vieram os relógios de pulso.
E agora temos os relógios super precisos que não atrasam nem um segundo em 50 milhões de trilhões de zilhões de anos.
e
Mas tudo isso o que eu disse todo mundo sabe.
s
O que as pessoas não sabem e que eu vou revelar agora é que:
a
“Antigamente os relógios rolavam...”