sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O grande mal de escrever as coisas a mão...

...é ter preguiça de digitar tudo depois, o que por enquanto está privando vocês de dois textos que já estão (teoricamente) prontos pra publicação.

domingo, 19 de outubro de 2008

Piadinha, meninos

Para coroar esses nove dias de absoluta nulidade acadêmica, seguem duas anedotas que ilustram as transformações que o etanol opera na criatividade e no senso humor dos seres humanos, em especial de um querido colega que preferiu não ser identificado.

"O Pelé, o Bozo e um português estavam em um avião, e ele começou a cair; porém, só havia um único pára-quedas. Por isso, o Pelé disse:

- Eu acho que eu é que devia ficar com o pára-quedas, porque eu sou o maior jogador de futebol do mundo.

Bozo retruca:

- Não, eu é que devia, porque eu sou o palhaço mais engraçado do mundo - e pula.

Aí o William Bonner diz:

- Ué, por que ele pulou com a minha lancheira?"

"Um italiano chamado Giuseppe, um Taj Mahal e um William Bonner estavam apostando uma corrida ao redor do mundo. O Taj Mahal tava de Taj Mahala, o português tava de baguete e o Chacrinha tava de abacaxi. Sabe quem ganhou? O japonês, porque ele enfiou dois pauzinhos no cu e fez VUUUUMMMM"

Enfim, existem diversas outras pérolas humorísticas desse colega envolvendo "um Taj Mahal, um William Bonner e o cavaleiro branco do cavalo preto e branco" ou coisa que o valha, mas irei me deter por aqui, porque sinto que esse insólito senso de humor já está bem ilustrado e registrado para o divertimento de terceiros. Só queria chamar a atenção para o curioso fato de que as piadas geralmente são resolvidas por personagens que não haviam sido mencionados no início, recurso literário que causa um estranhamento bastante bem-vindo na estrutura fechada e previsível das piadas consideradas "normais".

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Fragmento II

No qual se apresenta a justiça absoluta

Aposto que vocês já tinham se esquecido dessa série... recomendo que leiam o anterior para ter no mínimo algum contexto.

Acaso. Nessa única palavra se resume o grande preceito por trás da estruturação da vida. Nos primórdios, sobrevivia a bactéria que por uma conjunção de fatores aleatórios - exposição à radiação, processos metabólicos, etc. - sofresse uma mutação que por acaso a tornasse mais adaptada ao meio. Ao longo da cadeia evolutiva, essa lógica foi se reafirmando - a lógica da sobrevivência dos mais adaptados ou daqueles que calhassem de viver em ambientes mais propícios ao desenvolvimento da vida.

Quando estes seres vivos passaram a arriscar seus primeiros passos no reino da abstração, desenvolvendo esse misterioso processo ao qual chamamos "consciência", a lógica do acaso se adaptou a uma nova forma de existência; agora, conceitos intangíveis também influiam na seleção. Quando a sociedade começou a se estratificar, aqueles que (para citar apenas um exemplo), tendo a sorte de ter observado uma conjunção de fatores, houvessem realizado algum tipo de previsão, seriam aclamados como "sábios" e seriam elevados a um patamar social mais alto. Com o tempo, essa estrutura social, nascida de uma conjunção de acasos (afinal, como explicar que numa comunidade de humanos, haja uma diferenciação efetuada a partir de aspectos não-biológicos, abstratos?), se cristalizaria, distanciando-se do motivo original de sua criação em direção a um conjunto de códigos sociais que determinariam a vida em sociedade; assim, a partir de uma estrutura ditada pelo acaso, nasce um conjunto de regras que dita quem ocupa qual posição na sociedade, e quais são os direitos de cada uma das camadas sociais.

Com o tempo, algumas pessoas, indignadas com essas restrições pré-existentes a sua liberdade de desenvolvimento pessoal, passaram a chamar essa rígida estrutura social de "injusta". Ao petrificar a ação do acaso, estendendo às gerações ulteriores a organização das anteriores, impedia-se um acesso equânime às oportunidades de vida.

Pensou-se ter resolvido essa injustiça com a criação da Loteria Humana. A Loteria era a personificação da própria Justiça, diziam seus defensores; por meio dela, qualquer um poderia ter acesso a uma vida digna. Ao aproximar-se da maioridade, todos os cidadãos se inscreviam na Loteria; esta, por sua vez, sortearia o destino de cada um deles, dando chances iguais a todos.

É claro que, com o tempo, criaram-se medidas para restringir o comportamento totalmente imprevisível e caótico dos sorteios da Loteria. "Uma pessoa, afinal, deve ter o direito de trabalhar em uma área com a qual tenha maior afinidade; além disso, certos trabalhos são impróprios para certas pessoas". Dessa forma, criticava-se de forma velada a disparatosa noção de que um jovem de boa índole (leia-se, de família rica) viesse a trabalhar como gari.

Assim, os sorteios passaram a levar em conta certos parâmetros da vida dos candidatos; aqueles que comprovassem possuir vastos conhecimentos e grande erudição (leia-se, aqueles que não precisavam trabalhar desde cedo e portanto tinham tempo e dinheiro disponíveis para adquiri-los) eram, segundo a lógica dos defensores das reformas na Loteria, obviamente mais apropriados para cargos de caráter administrativo ou especializado. Na prática, o que isso significava é que o resultado da Loteria acabava dependendo justamente dos fatores que ela se esforçava em combater.

É claro que havia aqueles que tentavam aproveitar-se dessa lógica, lutando ao longo dos seis ou doze meses anteriores ao sorteio para adequar-se o máximo possível ao perfil de indivíduo que costumava ser sorteado para os cargos prestigiosos; tudo o que importava era abandonar-se cegamente a um modelo, derreter sua própria estrutura para caber no molde fornecido.

Henrique, no entanto, caminhava orgulhosamente em direção ao prédio em forma de balança que sediava a Loteria; ele havia se recusado a curvar-se a essa vontade cega, a esse elogio da estupidez. Ele se inscreveria na Loteria e acolheria um destino incerto, tal e qual nos saudosos tempos do caldeirão biológico onde surgira a vida.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Livro do Ano

Resposta do jogo dos 7 erros (os erros estão em vermelho):

1)Linha 1: "A linguagem, afinau, (...)"

2)Linha 5: "(...) pessoal e portanto impossível de, compartilhar."

3)Linha 7: "por isso, (...)"

4)Linha 10: "(...) um ato de ousadia que poderá facilmente ser classificados como preguiça (...)"

5)Linha 11: "(...) deixo algumas indicassões:"

6)Linha 15: "(...) quando tu encontrar no bolso de uma calça (...)"

7)Trivia 2: "A capital do Usbequistão é Bishkek" (A capital do Usbequistão é Taskent; Bishkek é a capital da Quirguízia)

Eu tinha pensado em colocar aqui também algumas coisas que eu tinha escrito pra página e acabei cortando; relendo, achei meio brega. Talvez eu mude de idéia no futuro...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cantiga de reciclagem

(não leiam, cantem - o ritmo é o da velha e conhecida música: Teresinha de Jesus...)

Coopamare e Cooparte
eram chamadas de lixão.
Acudiram três baluartes:
Pepo, Tchu e o João.

O primeiro fez o site,
o segundo a divulgação,
o terceiro foi aquele,
que primeiro estendeu a mão.


uma singela homenagem ao Coopa que tão bem nos acolheu. acho até que posso dizer que foi uma terceira casa por alguns meses.