sábado, 10 de maio de 2008

O fim (das histórias de Química)

ATENÇÃO! Se por acaso você for cardíaco, grávido ou hiperativo, não recomenda-se a leitura desse texto, devido ao seu conteúdo de violência e apologia à zoofilia e às drogas!

Piada!

Quero chamar atenção ao fato de que se vocês, amigos, ainda não leram o post de 5ª-feira, façam-no. Afinal, o mesmo é imprescindível para a compreensão do post de hoje.

No último episódio eu deixei os três co-protagonistas descansando, agora acordá-los-ei para que possamos dar prosseguimento e finalizar essa incrível e verídica história.

No dia seguinte os três acordaram bem cedo, estavam bastante ansiosos. Tomaram o desjejum, se banharam, se trajaram adequadamente e saíram para falar ao povo.
Então Príncipe Markownikoff começou:
— Bom dia meus queridos! É com muito prazer que estou aqui hoje, acompanhado de duas autoridades no assunto da isomeria geométrica, para anunciar que a partir de agora esse nosso país não mais se chama Cisjordânia e sim Transjordânia. Vocês devem ficar felizes meus caros, esse é um grande passo para o nosso país, um passo, validado por essas duas mulheres de renome internacional, que nos posiciona junto ao seleto hall de nações que podem se afirmar estáveis: economicamente, politicamente e principalmente socialmente. E tudo isso, obviamente, é somente graças a vocês. O povo unido, em ordem, sob meu comando, progrediu rumo a essa estabilidade. Vocês são a estabilidade, vocês estão de parabéns!
O povo vibrou, o chão tremeu tamanha era a felicidade de todos. E aí, imediatamente todos pararam temendo se tratar de um novo terremoto, quando perceberam que era apenas a força da massa desataram a rir.
— Isso, comemoremos.
— Não, esperem. Não há aqui um único indivíduo são? Vão todos cair feito patinhos de borracha amarelos na ladainha desse príncipe fajuto?
— Alto lá! Quem é o senhor e como ousa me chamar de fajuto?
— Meu nome é Aminoácido, e ao que parece sou o único cidadão que não acabou de sofrer uma lavagem cerebral.
Era a primeira vez que ele, Aminoácido, se pronunciava. Amino, como gostava de ser chamado, era ora ácido, ora básico, em suma, possuía dois caracteres, tinha dupla personalidade. Ele era famoso por suas repentinas alterações de humor, porém isso não era algo que provocava admiração nas pessoas, ao contrário, todos se afastavam dele, ele não tinha qualquer amigo.
Ninguém ouviu Amino, viam-no como louco. Trataram de expulsá-lo e deram prosseguimento às atividades comemorativas programadas para todo o dia. Todos se divertiram muito, brincando, dançando, cantando. Até que o sol caiu e se iniciou a última e mais esperada atividade recreativa: A Corrida dos Artrópodes. Não cabe a mim explicar do que se trata essa milenar corrida, porém posso afirmar que é pura curtição e que ao final dessa disputa animal todos puderam ir para casa realizados, sossegados, descansar, sabendo que num futuro próximo trilhariam uma bonita estrada de tijolos amarelos.

FIM!

3 comentários:

Salpicão Mesquinho disse...

Acho que uma reviravolta interessante seria o príncipe ordenar que seus súditos derrubassem algumas construções e as reerguessem em posições inversas, para que o país se tornasse efetivamente a Transjordânia.

Reggio Tartufo disse...

hehee.
Sinta-se à vontade para continuar a história. O que é meu é seu.

Anônimo disse...

se num futuro próximo todos estariam trilhando uma bonita estrada de tijolos amarelos, essa simpática histórinha teria que ter, em breve, uma continuidade, não acha?

[eu adoraria se tivesse!]