segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Confissão

Bom. Esse é o início de uma tentativa de retomar a periodicidade de outrora (que, caso ninguém tenha reparado, era de uma publicação a cada dois dias, alternando entre eu e o Tchubas [mesmo que, diga-se de passagem, eu tenha coberto o turno do Arthurzinho mais do que uma vez]). Como eu sou um dos poucos que conservaram algum resquício de sanidade e portanto não estão no cursinho (para que essa obsessão de entrar direto na faculdade, pessoal?), espero ter tempo suficiente para fazer o trabalho que antes era dividido entre duas pessoas, e de quebra surpreender meus atribulados colegas, que sempre que arranjarem um tempinho em sua correria diária para fazer algo além de estudar poderão encontrar aqui algo novo.

Acaba aqui a primeira parte desse post, que, além de um pronunciamento, era também um gancho para a segunda parte - a "confissão" em si.

Apesar de ter prometido continuar com a regularidade pré-férias, não sei se estou à altura disso. O que muitos não sabem é que a interrupção das publicações nas férias - pelo menos de minha parte - não foi somente uma pausa para descanso e uma aceitação do fato de que grande parte dos nossos leitores estava viajando; foi também um período em que eu não escrevi quase nada, não só para o blog como também qualquer outroa coisa.

E agora vem um momento um pouco mais intimista e pessoal do que o que esse blog costuma ser (mas tudo bem, porque agora que o Tchubas lavou as mãos, ele é tecnicamente meu e eu faço o que eu quiser aqui). A verdade é que o meu processo de escrita nasce na solidão. Não necessariamente a solidão física (ou "isolamento"), mas o sentimento de solidão (e que pode ocorrer em um lugar movimentado, como uma sala de aula) - algo que é difícil de explicar, mas que é uma espécie da apartamento da sociedade, do caos cotidiano, que dá conforto e propicia a criatividade. E as férias não são exatamente um período de solidão, mas sim de confraternização, socialização, e o que o valha - ou seja, tem todo um clima que cria uma espécie de bloqueio mental à escrita, pelo menos em mim.

O que vem ocorrendo, no entanto, é que esse clima "férias" tem se estendido além do limite das férias em si; é uma mudança um tanto radical no meu modo de pensar, mas ultimamente eu tenho tido uma certa aversão ao sentimento de solidão (que não necessariamente significa "estar sozinho", como já foi demonstrado).

Todo esse "blá blá blá" só para dizer: talvez eu não cumpra o que eu semi-prometi no primeiro parágrafo. Mas tudo bem, porque eu já tenho algo preparado para o próximo post, então a regularidade vai durar por pelo menos uma ocasião.

Até lá, e vejamos o que o futuro nos reserva.

4 comentários:

Anônimo disse...

como vc já tinha reclamdo comigo q eu nunca posto aqui no blog aqui vai.

Achei muito interessante importante esse post para que todos saibam que o Thubas saiu do blog.
Fico feliz de não ter largado, pois existem textos muito bons.

Reggio Tartufo disse...

Tchubas n saiu. ele só pediu um recesso e/ou férias.

Anônimo disse...

ou seja,
está temporariamente afastado.....
o que significa que o único que vai escrever é o Salpicão Mesquinho.

Anônimo disse...

a nossa arte é nossa dor. Às vezes acho melhor esquecê-la. Mas ela nos aproxima (ou apenas aproxima o leitor de nós, com sorte). Aí não estamos tão sós.

Aproveite enquanto sente-se bem: a Roda, intrínseca e inevitavelmente, volta. Nunca ficamos longe dela, temo.