terça-feira, 3 de março de 2009

O Retorno do Rei

Caros confrades,

Peço perdão pela súbita interrupção nas publicações deste diário virtual. Acontece que as atribulações próprias de fim/início de ano somaram-se à um projeto literário que empreendi durante o mês de fevereiro e fim de janeiro; logo, todo o tempo que eu dedicaria à escrita de material para este espaço foi consumido por textos afins. Claro que não posso responder por meu colega, mas imagino que ele esteja um tanto quanto enferrujado após o longo período dedicado ao curso preparatório para o vestibular de nome EJAPA (digo, ETAPA); além disso, recentemente ele empreendeu uma mudança de município, creio que para fugir do assédio de suas fãs. Não revelarei o nome do município em questão para proteger a privacidade do supracitado colega, mas não me surpreenderia se ele não voltasse a postar por algum tempo, ocupado que está em construir sua cabana, caçar o próprio alimento e recriar nos confins onde está instalado certos luxos do mundo moderno como a roda e o fogo.

Muita coisa mudou da última postagem para cá. Agora não estamos mais constrangidos pelas limitações impostas pela escola; junto com a liberdade decorrida desta nova situação (afinal, não há mais uma curva de aprendizado pré-estabelecida, igual para todos; cada um deve cuidar de perseguir seus próprios interesses e desenvolver seus próprios projetos) vem o outro lado da moeda: a separação. Os caminhos que seguiam mais ou menos paralelamente agora divergem para uma multiplicidade de pontos no espaço.

Gostaria que este espaço fosse um reflexo das mudanças pelas quais estamos todos passando, e ao mesmo tempo um ponto de encontro onde amigos de longa data podem se reunir sob pseudôminos extravagantes para discutir e comentar as coisas publicadas. Gostaria também de clamar para que meu colega volte a fazer-se presente por aqui; seus registros cotidianos sem dúvida configurarão valioso banquete para nós, relatando impressões colhidas em um ambiente diverso no qual ele levará uma vida também diversa da nossa, caracterizada pela independência prematura.

Declaro inaugurada, portanto, uma nova fase da Confraria. Leia-se: coisas voltarão a ser postadas aqui com uma certa frequência (atenção para a trema, que entrou oficialmente em desuso), e elas estarão carregadas das marcas deixadas pela novidade que é a vida universitária.

Infelizmente, não posso prometer uma regularidade maquinal; como sempre, as intempéries da vida abreviam o tempo que pode ser dedicado ao blog. No entanto, tentarei não abandoná-lo por um tempo tão grande quanto o desta última interrupção.

Com carinho,

Salpicão

PS.: O título desta postagem não é de forma alguma uma exaltação de minha pessoa ou uma declaração de parentesco nobre, mas uma mera referência cinematográfica, conforme era tão comum na aurora deste website (recomendo a leitura dos escritos de março e abril últimos para os desinformados)

3 comentários:

Maurício disse...

até que enfim! Estava esperando já com certa ânsia (será que a reforma tirou esse acento?).

Bom. Acho que é a finada - assassinada, em verdade - palavra "trema" é masculina, de modo que é "o trema". Mas não importa. O sexo das palavras é tão importante quanto o sexo dos anjos ou dos mortos. A não ser que seja um etimologista, teófilo ou um necrófilo, respectivamente.

Betomus disse...

É muito bom ter você devolta salpicão.....
já estava sentindo falta de suas postagens.

Reggio Tartufo disse...

Farei o possível para me fazer presente, mas de antemão aviso que será difícil, ainda que após a leitura de seu post tenha me sentido revigorado, talvez pela sua belíssima jogada de marketing (quiçá já fruto da universidade) ao dizer q anseia por um retorno do verdadeiro ente real.
A dificuldade da minha volta (que cedo ou tarde, creio ocorrerá) se dá pelo fato de além de ter de reinventar o fogo e a roda, tenho de cursar uma faculdade em tempo integral, mas procurarei, ao menos nos fins de semana, dar o ar da graça, mais atenciosamente do que em meros comentários como esse.
Abçs interioranos.